SinopseVendendo Terrenos, Colecionando Histórias

Vendendo terrenos, colecionando histórias é um livro de contos onde o corretor Marcos, personagem principal da obra, conta casos pitorescos e engraçados sobre as negociações de terrenos em que esteve envolvido, em mais de vinte anos de mercado. Entre situações cômicas, tensas e carregadas de emoções, o personagem transmite verdadeiras lições de vida, nos âmbitos pessoal e profissional. Ao final de cada capítulo, uma moral da história dá dicas relevantes para os profissionais que estão começando carreira neste mercado tão competitivo.

 

 

 

Prefácio

Gustavo é muito mais do que um corretor (intermediador) de terrenos: é um viabilizador de importantes negócios! E todo o empreendimento imobiliário precisa de um terreno para ser viabilizado. Para atender incorporadoras de empreendimentos imobiliários, o intermediador, além de saber negociar,  tem que saber qual a vocação do terreno. E isto reque pesquisa e prática!

Guilherme Rossi

(Fundador e Presidente da GR Properties, incorporadora de condomínios de galpões e prédios residenciais e comerciais com atuação no Estado de São Paulo).

SobreO Autor

Gustavo Feola sempre foi uma criança curiosa e, desde pequeno, aproveitou a oportunidade de estar atrás do balcão da loja de seu pai para se relacionar bem com todos os perfis de pessoas. Filho de pai engenheiro e dono de construtora, o empresário, desde muito jovem, aprendia sobre projetos e obras, passeava em canteiros e, assim, começou a construção de uma carreira de sucesso no setor imobiliário. Na infância viajou muito, já que conta com parentes em vários países diferentes. Se formou engenheiro civil pela FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado), com especialização em Gestão Empresarial pela Business School São Paulo.

Começou a carreira trabalhando em construtora familiar e depois tornou-se corretor de imóveis focado na área de terrenos.

Fundou, em 2010, uma empresa especializada em intermediação de terrenos, com foco em incorporadoras, construtoras, loteadoras, grupos varejistas, strip malls e shoppings. E é lá que, hoje, Gustavo faz o que mais gosta: negociar.
Sobre o autor

Lançamento do Livro Vendendo terrenos, colecionando histórias em São Paulo e CuritibaO evento que ocorreu dia 8/9 em São Paulo e dia 14/9 em Curitiba, foi um sucesso. O lançamento contou com a presença de diversos amigos e personalidades do mercado imobiliário.

Capítulo 2Arma na cintura

Ser corretor é optar por ter uma profissão de risco! Brincadeira. Mas é uma atividade que exige muita presença de espírito e jogo de cintura. Então, se você não sabe dançar é melhor aprender!

 

Enquanto dirigia, Marcos pensava na conversa que havia tido com André, aprendiz de dançarino, quer dizer, de corretor, poucos minutos antes. Foi uma semana agitada, e a dupla resolveu sair para um happy hour. Mais para apagar o susto que passaram do que para relaxar do estresse.

 

Dias antes…

Marcos estava radiante. Acabara de fechar seu primeiro terreno e já tinha contatos para mais alguns!

 

Quando Marcos e André, corretor parceiro na época, desceram do carro logo avistaram o terreno com várias casinhas. Com uma delas, a de número 34, eles não haviam conseguido fazer contato telefônico. O jeito foi chegar de surpresa. Mal sabiam eles que a surpresa não seria para o morador.

 

O lugar não tinha campainha, por isso o contato foi no berro e na palma:

- Ô de casa, gritou Marcos.

A resposta foram latidos, muitos, em tom crescente, aproximando-se dos dois corretores:

- Meu Deus, quanto cachorro, disse André.

- Calma, fica tranquilo. Se você demonstrar medo eles avançam.

- Avançam?, apavorou-se André.

Marcos deu uma risadinha sem que André percebesse.

 

- Mas quem, em pleno século 21, não tem um telefone?, disse André.

- Aquele homem ali, respondeu Marcos prevendo problemas.

 

Um homem que aparentava ter por volta de sessenta anos, moreno, bem magro e com a fisionomia de poucos amigos.

O alarme detector de encrenca de Marcos começou a apitar internamente.

 

- Boa tarde, disse o corretor.

- Vão embora, disse o homem. Não vou atender ninguém.

- Calma, amigo! Só queremos conversar, disse André.

O homem se aproximou mais.

- Eu sei o que vocês querem, este terreno é meu, saiam!, disse mostrando o revólver que levava na cintura.

- Tudo bem, calma! Só estamos fazendo o nosso trabalho e já vamos!

 

A dupla de corretores precisaria continuar no local, afinal era dia de cumprir a árdua tarefa de coletar as assinaturas das famílias que moravam em uma espécie de pensão, no mesmo terreno.

 

- E agora, o que faremos?, perguntou André.

- Bom, agora a gente espera pra pegar as assinaturas, respondeu Marcos.

- Mas você vai desistir tão facilmente?

- Como assim desistir facilmente?" O homem tinha um revólver!, disse Marcos apontando os dedos indicador e médio em forma de arma.

 

André pensou, deu dois passos e parou.

Marcos que estava ao seu lado sentiu um frio na espinha só por ter que perguntar que expressão era aquela.

- Que cara é essa, André?

- Vou fazer mais uma tentativa.

- Como? O homem não vai te atender.

- Não custa tentar, disse André confiante.

- Desculpe, amigo, mas nessa você vai sozinho. Tenho uns telefonemas a fazer antes da maratona de assinaturas, nos encontraremos lá embaixo.

 

Marcos desceu uma longa e estreita escadaria e chegou até um pequeno bar no terreno. Logo notou que o homem armado não era o único problema daquele lugar. Ele precisaria conversar com mais de vinte famílias inquilinas de uma espécie de pensão que havia por ali. Eram pessoas muito simples e cada uma das famílias precisava assinar o comodato, ou seja, uma espécie de empréstimo - sem custos - para os antigos proprietários poderem utilizar o imóvel que estava sendo negociado. O calor era absurdo e o engravatado corretor tinha muito trabalho pela frente.

 

"Será que André conseguiu conversar com aquele homem?", pensou preocupado. Mas, em vez de ir atrás de notícias, preferiu sentar-se por uns minutos e matar a sede.

 

- Boa tarde, senhor. Tem refrigerante?

- Sodaína, disse o homem.

- E água?, perguntou André.

- Sodaína. Marcos achou divertido aquele jogo.

- Cerveja?

O homem já estava cansando de tudo aquilo. Pegou a sodaína e colocou em cima do balcão.

- Dois copos, por favor!, conformou-se Marcos.

- Você está sozinho, pra que dois copos?

- É que meu amigo está descendo. Foi falar com o morador do terreno de cima.

- Que Deus o proteja, disse o homem virando as costas.

- Posso pegar uma mesa aqui pra conversar com os inquilinos, senhor?

O homem concordou com a cabeça.

 

Nem cinco minutos depois de ter se sentado, Marcos escuta uma gritaria e latidos crescentes que pareciam vir para perto dele. Ao se levantar, a única coisa que conseguiu enxergar foi o vulto de André, correndo como uma flecha para escapar de meia dúzia de cães mal-humorados!

 

Foram uma tarde e uma noite bastante tensas. Todas as vinte famílias assinaram a papelada e, a cada assinatura, lá vinha mais um litro de Sodaína.

 

André, sem arranhões e recuperado do susto, jurou a si mesmo nunca mais se meter a valentão.

O dia terminou às duas da manhã, mas o enjoo - causado pelo excesso de sodaína - durou por todo o dia seguinte.

 

Marcos saiu de lá com uma promessa: Nunca mais na vida queria ouvir falar em sodaína.

 

imagemlivro

 

Moral da história

As dificuldades sempre existem e incidentes podem acontecer! A obrigação de um bom corretor é manter a calma e a paciência em todas as situações e não desistir do negócio!

 

Se algo saiu do controle, pare, olhe, reveja a estratégia e retome! Um bom vendedor pratica a resiliência, capacidade de superar e de ir adiante às adversidades, todos os dias em todos os seus processos de vendas! Dance conforme a música. Mas, jamais se esqueça de usar o bom senso e sua capacidade de medir os limites.

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